sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Condenado à morte líder de gangue indonésio que violou e matou jovem de 14 anos


Jacarta, 29 set (Lusa) - O líder de um gangue indonésio que violou coletivamente e assassinou uma estudante de liceu de 14 anos foi hoje condenado à morte, enquanto quatro outros acusados apanharam cada um 20 anos de cadeia.

O crime aconteceu em abril. A jovem regressava a casa vinda da escola, quando foi atacada, violada coletivamente e assassinada por um grupo de rapazes e homens.

Um tribunal da ilha de Sumatra ocidental condenou hoje à morte o líder do grupo, conhecido por Zainal, e condenou quatro outros acusados a 20 anos de cadeia cada um. Na Indonésia a execução de um condenado dá-se por pelotão de fuzilamento.

O polémico caso levantou uma onda de indignação na sociedade indonésia, motivando debate sobre as falhas no combate ao crimes de violência sexual. No entanto, também levou à introdução de penas mais duras para crimes sexuais contra crianças.

Em maio, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, decretou novas penas contra condenados por crimes sexuais contra crianças, incluindo a pena de morte como pena máxima, a castração química e a obrigatoriedade de os pedófilos (condenados em tribunal) usarem uma pulseira eletrónica.

Após as autoridades terem descoberto numa floresta o corpo da jovem, atada e despida, a polícia indonésia deteve 13 pessoas suspeitas de terem participado. Um outro suspeito continua a monte.

Zainal, um jovem de 23 anos que - como é costume na Indonésia - é conhecido apenas por um nome, foi condenado à morte por homicídio premeditado, um crime que já era punido com a morte antes de as novas leis terem sido introduzidas.

"Foi este acusado quem persuadiu os outros acusados (a cometer o crime)", considerou o juiz Heny Farida no tribunal da cidade de Curup, numa justificação para a sentença emitida.

A mãe da vítima, presente no tribunal, gritou em protesto após a leitura da sentença, uma vez que exigia que todos os outros quatro acusados fossem condenados à morte.

Os outros envolvidos no caso, todos menores, já tinham sido condenados a penas de prisão, na maioria dos casos a 10 anos de reclusão.

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